A vereadora Cida, do PT de Juiz de Fora (MG) realizou uma plenária de prestação de contas do seu mandato, que teve início em janeiro de 2021, e de debate de lutas que estão em curso na cidade e no estado. Estiveram presentes mais de 200 pessoas, de diferentes bairros, categorias profissionais e movimentos sociais.
A vereadora iniciou a plenária relatando os enfrentamentos que seu mandato tem tido com o patronato na cidade, a exemplo das grandes empreiteiras que organizam o voto contrários de outros parlamentares, financiados por esses empresários, a projetos de lei (PL) como o de proibição da arquitetura hostil.
Ela também falou de combates junto a movimentos de trabalhadores contra terceirizações de serviços públicos e tentativas de entrega a Organizações Sociais, além da reivindicação de que a prefeita de Juiz de Fora, Margarida Salomão (PT), reverta concessões como as creches conveniadas do município.
A mesa da plenária foi composta por representantes de lutas que estão em curso, como a companheira Sara, da comissão de psicólogos, e Maria Izabel, da comissão de secretários escolares, ambas da prefeitura, que estão em campanha pela redução de suas jornadas para 30 horas semanais. Ainda no serviço público municipal, Vanessa, representante dos trabalhadores do departamento de internação domiciliar, falou da batalha pela adequação de jornada, para que toda a equipe multidisciplinar possa atender os pacientes em plantão.
Michelle Felisburgo, representante do Assentamento Denis Gonçalves, do MST, em uma cidade da região, instou os presentes a se somarem à luta que se inicia contra a instalação de uma mineradora que quer explorar bauxita na região, comprometendo mananciais de água. Theo Rocha, militante da Juventude Revolução do PT e membro do grêmio de uma escola estadual, relatou os passos que foram dados ao longo do ano pela revogação do Novo Ensino Médio.
Ao abrir o debate para a plateia, outras reivindicações se expressaram, como o companheiro entregador que chamou o apoio ao “breque dos apps”, nova paralisação nacional que as representações dos entregadores preparam para o final do mês.
Vários dos presentes saíram da plenária comprometidos a coletar assinaturas e discutir em seus locais de trabalho e bairro sobre duas questões apresentadas por outros companheiros que estavam na mesa. Leonardo Nurnberg apresentou o Comitê 20 de Novembro que está se organizando na cidade para preparar o ato do Dia da Consciência Negra e para lutar pelo feriado nesta data (projeto de lei da vereadora Cida). Um dos abaixo-assinados é em apoio a esse projeto.
A segunda questão foi explicada pelo deputado estadual Betão (PT), que contou como o governo Zema quer aprovar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do estado derrubando uma exigência legal que hoje existe: a de que caso o governo queira privatizar uma estadual mineira, ele precisa submeter a venda a um referendo popular. O segundo abaixo-assinado distribuído é, então, em defesa de estatais como Cemig e Copasa, contra a PEC.
Priscilla Chandretti