Nas últimas semanas, diversas mobilizações e paralisações foram realizadas pelos professores da Rede Municipal de Ensino de Salvador (Bahia). Nos últimos dez anos, a cidade vem sofrendo com a política de duros ataques aos serviços públicos, implementada pelas gestões do ex- prefeito ACM Neto e do atual prefeito Bruno Reis – ambos da União Brasil. De acordo com a APLB – sindicato dos trabalhadores em educação do Estado da Bahia (CTB), o déficit da categoria, em relação ao Piso Nacional de Educação, devido ao achatamento e perdas salariais nos últimos anos, chega a 68%, percentual este que foi inicialmente reivindicado pela categoria.
A Prefeitura de Salvador , entretanto, apresentou a proposta de irrisórios 5,6% de reposição inflacionária, o que foi rejeitado pela categoria em assembleia. Sem perder de vista a luta pelo pagamento integral do piso salarial, a categoria aprovou em assembleia apresentar a Prefeitura a proposta de 20% e obteve como resposta um PL prevendo o reajuste de 8%.
Mesmo tendo sido rejeitada a proposta de 8% pela categoria, a Prefeitura levou o PL a votação na Câmara Municipal em caráter emergencial no dia 12 de junho, sob protesto dos professores que, em ato, exigiam não apenas o reajuste salarial, mas também melhorias nas condições trabalho e de infraestrutra das escolas. O PL com reajuste de 8% foi aprovado e agora o sindicato informa que vai judicializar processo em defesa do Piso e convoca novas datas para mobilizações de rua.
Para isso dar certo, o sindicato precisa ajudar a mobilizar a categoria, o que começa por organizar reuniões nas escolas e dialogar diretamente com a base de professores do Município.
Maíra Gentil