No último domingo (23), 3 mil mulheres, trabalhadoras e trabalhadores, foram à orla da Praia de Copacabana em segundo protesto contra o PL 1904, exigindo o seu arquivamento. Maior atividade de rua, impulsionada pelas mulheres, desde o 8 de março, comprovou a disposição de luta das mulheres trabalhadoras e jovens que não sairão das ruas até que esse projeto esteja arquivado.
Delegações de sindicatos, movimentos sociais e feministas, estudantes, donas de casa, aposentadas, todas expressaram a revolta contra a medida, proposta por Sóstenes Cavalcante, deputado do estado, e o encaminhamento dado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Durante duas horas ecoaram palavras de ordem como a expressão chave do movimento, criança não é mãe, além de fora Lira, além da marcante presença de representantes evangélicas que sintetizaram em sua fala: ‘estamos nas ruas pelos nossos direitos, contra a bancada evangélica que não nos representa.”
A mobilização de caráter nacional, imediata, ganhou corpo nas capitais e principais cidades, demonstrando que é o instrumento legítimo.
Além desse ato, ocorrerão atividades de panfletagem no centro e nos bairros, conforme definido na plenária de entidades e militantes, que organizou o ato e planeja sua continuidade. A luta prosseguirá não só pelo arquivamento do PL, mas também pela descriminalização e legalização do aborto, reivindicação histórica das mulheres trabalhadoras.