Uma novidade na inscrição das chapas nacionais ao Diretório Nacional foi a composição da Tendência Quilombo Socialista com Virar à Esquerda sobre a base dos 13 pontos (acesse www.viraraesquerda210.com.br)
A partir de novembro, vendo o resultado ruim das eleições e a situação geral do governo Lula, o DAP Associação concluiu que o PT e o governo deveriam virar à esquerda sob pena de irmos à ruína. Nesse sentido, foi construída a plataforma para o PED dos 13 pontos que, inicialmente, foi apresentada por 14 vereadores de vários estados. Mas a discussão foi engajando no processo de formação de chapas nos vários níveis outros coletivos locais e militantes. Merece destaque o Quilombo Socialista (QS).
Tendência nacional formada em 2021, a QS veio a se associar numa chapa nacional comum, e na chapa estadual do Rio Grande do Sul, além de outras cidades, abrindo um promissor período de colaboração militante. A QS também apoia Rui Falcão para presidente do PT.
Em entrevista ao boletim do DAP (“Sexta-Feira” nº 26), Luis Alberto da Silva, o gaúcho dirigente nacional da QS, a “definecomo uma tendência de opinião socialista,anticapitalista e anti-imperialista nos termos do estatuto do partido, se organiza nacionalmente e tem atuação em todas as áreas de interesse do Partido com ênfase na questão racial” (íntegra em www.petista.org.br).
“Resgate das bandeiras históricas”
Na ocasião, o dirigente explicou que a“propõe um resgate das bandeiras históricas e uma relação mais próxima aos movimentos sociais, para juntos, respeitando a autônima de cada movimento, criar as condições políticas de mobilização social, a formação de uma aliança ampla entre os setores da esquerda comprometidos com a transformação profunda da sociedade, sem restringir a ação política aos conchavos parlamentares que, em muitas ocasiões, negociam conquistas históricas em troca de uma ‘pseudo governabilidade’ e não cumpre compromissos programáticos do partido e de campanha”.
No plano internacional, a QS coincide com o DAP na cobrança de uma postura mais efetiva e menos retórica, “a começar pela questão da Palestina (sobre a qual) não existe nenhuma razão plausível ou convincente para manter relações comerciais e diplomáticas com o Estado de Israel”.
Coincide também em que o Governo Lula “ancore nos movimentos sociais e nos partidos de esquerda, retome a agenda de campanha, se não for assim, continuará refém da ‘Faria Lima’. Este novo pacto fará com que Lula rume à esquerda e ao socialismo, garantindo a identidade necessária à vitória em 2026”.
Markus Sokol