No dia 14 de junho cerca de cinco mil trabalhadores da prefeitura de Florianópolis reuniram-se para avaliar as repostas do governo municipal à pauta de data-base.
A categoria votou pela entrada em greve a partir da meia-noite de quarta feira, dia 15, rejeitando a proposta da prefeitura de reposição de apenas 3% da inflação, avaliada em 12,47% no período.
Além da inflação a categoria luta por avanços no plano de carreira do magistério e do quadro civil, valorização salarial das auxiliares de sala, piso dos agentes comunitários de saúde e de combate a endemias, convocação dos aprovados nos concursos públicos e investimentos no serviço público.
Essa greve reflete a dura realidade da classe trabalhadora, inflação em disparada corroendo os salários e aumento dos itens básicos de sobrevivência (cesta básica, aluguel, gás de cozinha, transporte, água, luz).
Uma das palavras de ordem que animou uma gigantesca passeata pelo centro da cidade até a sede da prefeitura dizia: “por que parou, parou por quê? Parou porque o salário não dá mais para comer!”.
A tendência é o agravamento do problema mesmo nas categorias que já negociaram acordos salariais. As projeções do Banco Central prevêem até agora uma inflação de 8,8% para 2022, acima da meta fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) de 3,50%.
Desde já é urgente organizar a luta por aumentos salariais e tabelamento de preços da cesta básica, um combate que começa nos sindicatos de base, mas que precisa ser organizado pela CUT.
Renê Munaro