Desde o dia 13 de outubro os servidores municipais de São Paulo iniciaram uma greve contra o pacote de projetos que o Prefeito Ricardo Nunes, MDB encaminhou para a Câmara Municipal.
O principal ataque vem com a regulamentação da reforma da previdência (EC 103) de Bolsonaro, na prática é a taxação dos aposentados em 14% que ganham até o teto do INSS e a chamada segregação de massas que separa os antigos e novos servidores, o que levará a quebra dos fundos de previdência. Essa reforma foi derrotada 2018, mas o governo municipal retoma o ataque na esteira da PEC 32, de Dória (PLC 26) e de vários governadores e prefeitos – é um ataque na linha de “passar a boiada”.
A greve iniciada vem se desenvolvendo. A greve foi decretada pelo Fórum das Entidades que reúnem mais de 20 entidades e de forma unitária avança na mobilização.
A Direção do Sinpeem (professores municipais) que organizou o “fica em casa” durante um ano e meio, tenta recuperar o tempo perdido, o Sindsep (municipais) desde a decretação da greve organizou assembleia nos locais de trabalho e várias unidades da saúde, hospitais, UBS, vigilância sanitária, ambulatório de especialidades, subprefeituras, fiscalização, cultura, estão aderindo. A categoria agarrou a greve que começa ampliar.
Paralelamente, o governo avança com os outros projetos com migalhas para as categorias, ao mesmo tempo que tira direitos. Enviou projeto com o fim das faltas abonadas (hoje são 10, quer reduzir para 6), exigência da compensação de férias a partir de efetivo exercício e, junto, propõe o aumento do vale refeição e alimentação e algumas gratificações, o que levou a bancada do PT a votar a favor para propor emendas. O fato causou indignação na base da categoria. Mas para as entidades sindicais cabe manter os direitos da categoria e não entrar nas manobras parlamentares.
O Sindsep(municipais de SP) organizou no dia 22/10 um comando de greve para organizar a semana de mobilização que teve que acontecer na rua em frente ao sindicato por conta do número de grevistas presentes e agora deve estender as ações de greve na semana.
O calendário prevê nova assembleia/ato no próximo dia 27/10 às 14 horas. E atividade conjunta com as 3 esferas do funcionalismo municipal, estadual e federal no dia 28 de outubro Dia Nacional de Luta contra a Reforma Administrativa, a PEC 32. Um calendário de defesa dos direitos, dos servidores e dos serviços públicos.
João B. Gomes
Diálogo e Ação Petista adota nota sobre posição dos vereadores do PT
Foi com surpresa que ontem à noite vimos a Bancada de vereadores do PT de São Paulo votar em projeto do prefeito Ricardo Nunes (MDB) que retira direitos. Os vereadores votaram a favor do PL 652 que acaba com direito à abonadas e na prática reduz as férias dos trabalhadores do serviço público.
Não é possível, que no meio da batalha para barrar o Sampaprev2 (PLO 07/2021), o PT se junte àqueles que em nível federal, estadual e na cidade, destroem direitos e atacam o serviço público e os servidores.
Não dá para aceitar que, às vésperas do Ato em defesa do serviço público, em 28 de outubro, que deve juntar servidores federais, estaduais e municipais para protestar contra a PEC 32, o PLC 26 e o PLO 07, os vereadores do PT votem contra os servidores.
A bancada deve rever esse erro e batalhar para rejeitar o fim das abonadas e manter as férias, votando na defesa dos serviços públicos.
O PT e a bancada precisa dizer ao povo que são oposição aos governos Nunes, Doria e Bolsonaro, votando em defesa dos funcionalismo e dos serviços públicos.
(*) Menos os vereadores Juliana Cardoso e Antonio Donato
Servidores petistas enviam carta a vereadores para que revejam posição