Em Joinville, Santa Catarina, trabalhadores do serviço público organizados pelo SINSEJ (sindicato da categoria) se manifestaram nesta terça (18) em frente ao hospital São José. Diante da negligência do prefeito Udo Döhler (MDB), foram obrigados a organizar um ato cobrando transporte público coletivo para quem trabalha na saúde.
A suspensão do transporte público coletivo ao uso geral pode ser uma medida necessária, frente ao número crescente de contaminações e óbitos. Mas como fica pra quem está na linha de frente do combate a pandemia?
Se amontoam os relatos de trabalhadores que não tem mais condições de pagar do próprio bolso o transporte por meio de aplicativos. Em casos mais graves, isso tem levado ao desfalque nas equipes médicas uma vez que a situação já compromete mais da metade do salário de alguns trabalhadores.
As reuniões e negociações até aqui não deram em nada. Na justiça corre uma ação exigindo que a prefeitura garanta o transporte coletivo não só dos trabalhadores da saúde no serviço público como também do setor privado.
A presidente do sindicato do servidores (SINSEJ), Jane Becker, fez a pergunta que não quer calar: “como é que os trabalhadores da saúde vão chegar nas suas unidades de trabalho se não há condições ou transporte?”. Isso ainda em meio ao caos nos hospitais que já registram falta de leitos na cidade.