No início da tarde desta segunda-feira (01) diversos trabalhadores e usuários do Pronto Atendimento Cruzeiro do Sul (PACS) se colocaram à frente do posto de saúde para denunciar uma série de irregularidades que colocam os servidores e a população em risco. Esta unidade de saúde é uma das maiores de Porto Alegre e uma das únicas que ainda não foi entregue para gestão privada.
Um dos organizadores da atividade através da Comissão de Trabalhadores do PACS, Alberto Terres, que também é conselheiro de Saúde pela Central Única dos Trabalhadores (CUT-RS) explicou que não existem testes suficientes para os trabalhadores para Covid-19 e que a prefeitura está precarizando o atendimento de olho na privatização, jogando os servidores contra a população. Terres denunciou ainda que em plena pandemia do novo coronavírus, não existe uma Comissão de Controle de Infecção na Emergência, e profissionais do grupo de risco com mais de 60 anos não foram afastados do trabalho. Ao final explicou que proibição de reajustes e concursos públicos (veto de Bolsonaro no PLP 39/2020) para expandir o sistema de saúde prejudica em muito a população que só tem o Sistema Único de Saúde para buscar algum auxílio.
Participaram do ato o presidente estadual da CUT/RS, o SIMPA (municipários de Porto Alegre), lideranças da União de Vilas, Conselho Municipal e Distrital de Saúde e parlamentares. Ficou claro que é preciso aumentar a mobilização e exigir da prefeitura melhores condições de trabalho, como dizia um cartaz de uma servidora: “Mais SUS, menos covid.”