Trabalhadores de Florianópolis entram em greve contra desmonte dos serviços públicos

Os trabalhadores da saúde, da assistência social, da educação e de outros setores da Prefeitura Municipal de Florianópolis entraram em greve por tempo indeterminado em assembleia massiva nessa quarta-feira.

A categoria está mobilizada contra a política de desmonte do serviço público tocada pelo prefeito Gean Loureiro. Essa série de ataques brutais retira direitos dos trabalhadores, precariza os serviços e piora o atendimento à população.

Deflagrada na parte da tarde, a greve se une, nos fatos à outra greve deflagrada pela manhã pelos trabalhadores da COMCAP, a empresa de limpeza urbana e melhoramentos da capital catarinense. Eles lutam em defesa do Acordo Coletivo, que vem sendo descumprido pela direção da empresa municipal e pelo prefeito. As duas categorias são dirigidas pelo Sintrasem, o sindicatos de trabalhadores do serviço público municipal.

Pela manhã trabalhadores da limpeza urbana deflagram greve

De acordo com o Sintrasem “o prefeito Gean (DEM) insiste em sua política brutal de privatização que pune o povo e os trabalhadores da cidade. Deste 2017, quando assumiu o cargo, suas investidas têm o mesmo objetivo: desvalorizar os trabalhadores e quebrar o serviço público para fazer a população acreditar que a privatizar e terceirizar são a solução.”

Para o sindicato “faltam médicos, enfermeiros e técnicos nas UPAs e nos Centros de Saúde perto da sua casa, enquanto o prefeito prefere investir em terceirizações na área. Faltam remédios e investimentos em estrutura – como no caso da UPA Sul, que passa uma reforma que já consumiu mais de R$ 3 milhões em três anos, mas continua longe de ficar pronta.
Após dois anos de pandemia atendendo a população e correndo riscos para salvar vidas, os trabalhadores da saúde não contam com nenhuma valorização do prefeito: o governo Gean nunca pagou o plano de carreira do Quadro Civil.”

Ainda em nota, o sindicato denuncia que “na educação, o prefeito se recusa a cumprir o nosso acordo coletivo e também a Lei Federal 11.738/2022, que determina o pagamento do Piso Nacional da Magistério aos trabalhadores da educação nos estados e municípios.
O governo Gean também não chama os aprovados no concurso da assistência social, que tem cada vez menos trabalhadores e seus equipamentos sucateados.”

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