Trabalhadores do serviço funerário em SP ampliam direito a vacina após mobilização

O sindicato dos servidores municipais de São Paulo realizou nesta quinta (15) um ato presencial na Vila Guiherme, local de onde saem os carros para remoção de pessoas falecidas.

O objetivo da manifestação era alertar para as condições sanitárias a que está submetida a categoria e exigir vacinas para todos, EPIs e desinfecção correta dos veículos. Só na última semana pelo menos três trabalhadores do serviço funerário de São Paulo faleceram em decorrência da Covid-19.

Embora o serviço funerário esteja incluído no plano nacional de imunização e os sepultadores já tenham garantido o seu direito a vacinação através da luta, os motoristas e o pessoal do administrativo, inclusive que lida com o público, ainda não vinha sendo vacinado.

Vlamir Lima, diretor do sindicato declarou que o ato “era para exigir que o prefeito Bruno Covas vacine os trabalhadores que estão na linha de frente.”

Noemi Gomes, trabalhadora do Serviço funerário na Vila Guilherme e também diretora do sindicato explicou que “trabalhamos aqui com alto risco biológico”. Ela desabafou “queremos continuar vivos! Não importa se é do SFMSP ou terceirizado, todos tem que ter direito a vacina e não estamos pedindo para entrar pela porta de trás não. É nosso direito, queremos entrar pela porta da frente. Vacina já!”.

Como resultado direto dessa manifestação, a prefeitura aceitou incluir os motoristas e todo o pessoal do polo Vila Guilherme na lista de vacinação imediata, incluindo os trabalhadores terceirizados. Além disso alguns outros setores administrativos também foram incluídos.

Para João Batista Gomes, dirigente do SINDSEP “foi uma conquista importante, mas vamos continuar a batalha para todo mundo do serviço funerário, porque todo mundo é essencial”.

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