Universitários lutam por assistência estudantil

Em 28 de março, estudantes da UFMT organizaram um ato na universidade e ocuparam uma das guaritas e também a reitoria durante a reunião do conselho universitário. Maria Eduarda, militante da Juventude Revolução do PT (JRdoPT), explicou que “o ato é para a reitoria não aprovar um corte na assistência estudantil dentro do orçamento da universidade.”

A situação orçamentária das universidades federais é difícil. Após 6 anos de desmonte, as universidades públicas funcionam com base no dito do “mínimo necessário”. Na UFMT, por exemplo, para executar esse tal mínimo, a reitoria alega que precisaria de 6 milhões a mais em relação ao orçamento do ano anterior (2022) e permitiu que os conselhos universitários aprovassem um corte de R$ 2 milhões nos programas de assistência estudantil. Fato é que em 2015, esta universidade que recebia R$ 24 milhões do Programa Nacional de Assistência Estudantil, o PNAES, passou a receber apenas R$ 16 milhões em repasses deste programa agora. 

Na UFBA, sem uma justificativa plausível, o semestre letivo iniciou com os restaurantes universitários fechados e com milhares de estudantes sem condições de se alimentar na universidade. A situação é simples: os estudantes estão pagando a conta da crise. Nessas e outras universidades ocorrem mobilizações estudantis que cobram a responsabilidade de Lula em apresentar uma solução para essa crise anunciada. É fundamental que se faça uma recomposição de verbas PNAES.

Leonardo Rondon

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