Curitiba, PR: o vereador Renato Freitas, do PT, é denunciado ao Conselho de Ética da Câmara Municipal por vereadores bolsonaristas e ameaçado de cassação. O motivo: oposição feita ao chamado “tratamento precoce” da Covid-19, com internamento de adolescentes dos bairros periféricos que incluí repasse de recursos públicos para comunidades “terapêuticas” religiosas e ter questionado a aprovação do regime de urgência para projeto do prefeito Rafael Greca (DEM) com multa a quem distribuir alimentos a moradores de rua.
Ribeirão Preto, SP: aberto processos de cassação da jovem Duda Hidalgo, vereadora do PT, por iniciativa de bolsonaristas por sua participação em atividade pela anulação dos processos contra Lula.
São Joaquim da Barra, SP: durante evento realizado nas dependências da Câmara Municipal da cidade, a primeira-dama (mulher do prefeito Schmidt, MDB) constrangeu de maneira agressiva e despolitizada a petista para impedi-la de participar de uma atividade parlamentar.
E há muitos outros casos pelo país agora. Aqui, citamos três. São vereadores do PT que têm seus mandatos ameaçados por bolsonaristas e ou reacionários de outros partidos. Unem-se pelo país afora para atacar os mais elementares dos seus direitos conquistados pelo mandato.
Em nenhum caso ficaram sem resposta.
Em Curitiba o PT, juntamente com entidades sindicais e populares, entrou na briga para defender Renato, e seu mandato voltado para a periferia, movimento negro e a juventude, em um ato que reuniu várias organizações em defesa de seu mandato. Na ocasião, o DAP de Curitiba distribuiu panfleto, onde afirma: “vamos lutar para manter os mandatos populares que nos foram conferidos legitimamente pelos eleitores… é condição indispensável para pôr fim a esse governo genocida, que está levando o país a uma catástrofe sem precedentes, sem precedentes…”
Em Ribeirão Preto, a jovem vereadora do PT tem recebido amplo apoio. O PT emitiu nota de repúdio ao processo. O DAP de Ribeirão Preto também tem se movimentado para denunciar a aberração antidemocrática. O PT de São Paulo também está denunciando a absurda situação criada em São Joaquim da Barra.
Os ataques aos direitos democráticos mais elementares é a ponta do iceberg de uma situação dramática a qual está submetido o povo pelo país afora.
Nada do que está ocorrendo diz respeito à uma ação isolada, ou arroubos autoritários de gente de direita em Câmaras Municipais. O pano de fundo é a situação criada em 2016 quando do golpe do impeachment da presidente legitimamente eleita. O Estado de Exceção ali iniciado, foi o início de uma escalada de ataques a direitos dos trabalhadores, que prossegue ao legitimar fraude imposta nas eleições de 2108 ao retirar Lula das eleições e eleger Bolsonaro. Nada disso mudou. Ao contrário. Desde lá, os ataques só têm se acelerado.
Que diga o povo pobre, negro e da periferia. Que digam os obrigados a viver em áreas sob controle do tráfico e das milícias. Que digam os indígenas. Que digam os todos aqueles que sofrem 24 horas por dia com o desemprego, a fome, o desalento e o medo.
É preciso rechaçar todos e cada um dos ataques ao PT, o principal partido de oposição. E o melhor lugar para defender o PT, os direitos e as conquistas democráticas é nas ruas.
Laércio Barbosa