Afirmação de Marília em Recife gera reação de quem não quer “largar o osso” do PSB

Os derrotados no DN pela indicação de Marília para prefeita reagiram mal.

Ao final da reunião da Executiva estadual (16/03), já sem quórum, fizeram aprovar uma nota questionando a Resolução do DN acusada de “precipitada” e de “não ter considerado os efeitos causados às dezenas de candidaturas a prefeituras e às Câmaras em Pernambuco”.

Esta turma não quer largar os cargos no governo do Estado e na Prefeitura, alegando a “aliança com o PSB” (e outros partidos). É discutível o balanço da participação. Mas a questão é nacional, pois o PSB acaba de fazer um acordo nacional com o PDT, onde no Rio apoia Marta Rocha do PDT, que apoia em SP Marcio França do PSB. E, claro, apoia o PSB em Recife. Esse é um acerto contra a influência do PT nas eleições deste ano, e não para enfrentar Bolsonaro e sua política econômica, com a qual concordam em vários pontos. E o PSB quer tirar o PT brutalmente da disputa desde o 1º turno em Recife, cidade que já governou várias vezes.

A maioria da Executiva estadual desqualifica o DN dizendo que “deve voltar a discutir de forma definitiva o processo de candidatura própria em Recife, depois do Encontro Municipal, pois, caso contrário, poderemos enfrentar um esfacelamento sem tamanho no PT em Pernambuco. E não vamos assumir sozinhos essa responsabilidade”.

Contra essa chantagem, junto com mais seis membros da Executiva estadual, assinei uma carta ao DN (cópia ao DR), desmascarando a tentativa de passar como posição da instância, tema que sequer constava da pauta. O presidente do PT-PE, Doriel Barros (CNB), limitou-se à uma leitura para, com o apoio ativo de Oscar Barreto (DS), submetê-lo a voto (quando já não havia mais quórum). A nossa carta registra que “a definição do nome da companheira Marília para prefeita do Recife demonstra o reconhecimento, em nossa capital, de um potencial político e eleitoral capaz de fazer uma campanha que defenda o legado dos nossos governos e aponte para um projeto que devolva a democracia e a soberania no país e o povo recifense tenha uma cidade governada por uma mulher guerreira e petista”. Na base social e militante do PT, a reação através das redes sociais foi de total apoio à indicação de Marília.

Edmilson Menezes

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