Apoio incondicional aos “desertores”

Guerra na Ucrânia: cessar fogo imediato, fim da carnificina

Embora a posse de Trump ocorra em 20 de janeiro, Biden acaba de conceder mais 600 milhões de dólares em ajuda à Ucrânia. 

Em 9 de janeiro, o “grupo de contato” sobre a Ucrânia se reuniu na base militar dos EUA de Ramstein, na Alemanha. Na reunião, Zelensky pediu que tropas ocidentais fossem enviadas à Ucrânia para, em suas palavras, “forçar a paz”. Está claro que a chegada das tropas da Otan à Ucrânia não seria, de forma alguma, um passo em direção à paz, mas, ao contrário, um elemento de uma perigosa escalada militar. 

Enquanto todos falam sobre negociações e paz, os combates no terreno estão se intensificando. A Ucrânia continua a enviar mísseis para o interior da Rússia e a Federação Russa continua a bombardear as cidades ucranianas. De acordo com alguns relatos, a Ucrânia perdeu 80 mil homens e a Rússia 200 mil. Mas esses são números anunciados por membros da Otan, portanto, muito discutíveis.  Infelizmente, a realidade deve ser pior. 

Cada vez mais soldados estão desertando. Não há números disponíveis para a Rússia, mas na Ucrânia, mais de 100 mil homens desertaram. Sem contar os 600 mil ucranianos que deixaram seu país no início da guerra para evitar o recrutamento e os milhões de russos que se refugiaram no estrangeiro para evitar ir para a frente de combate.

Ao contrário de todos aqueles que, internacionalmente, à direita, à esquerda e à extrema esquerda, pedem que a guerra continue até o “triunfo da Ucrânia”, nossa posição permanece inalterada: apoio incondicional aos “desertores” ucranianos e russos! Cessar-fogo imediato para pôr fim à carnificina sangrenta!

Lucien Gauthier
(publicado no jornal francês Informaions Ouvrières, 16 janeiro)
Tradução Adaias Muniz

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