Até onde, até quando?

Há dois anos e oito meses o país é contaminado pelo descalabro do governo do capitãozinho, candidato a imperador. A contaminação atinge em cheio a vida do povo, em tudo que representa uma vida digna e um país digno de se dizer uma democracia.

A inflação do preço dos alimentos já castiga as famílias trabalhadoras e vai de mal a pior. Projeções indicam uma alta maior no preço de carnes bovina e de frango, além de ovos. Ou seja, proteína na mesa vai ser coisa de rico.

O desemprego, em alta, atinge perto de 15 milhões de trabalhadores.

Na educação, em processo de destruição, a acentuada alta de evasão escolar compromete o futuro das novas gerações.

Alta também na violência. Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em 2020 aumentaram os homicídios. Entre as causas, a alta na venda de armas, liberada pelo governo para favorecer suas milícias e grandes proprietários, em particular de terras.

O rosário de desgraça é longo. Tão longo que é como se o povo pudesse respirar aliviado com a diminuição de mortes pela Covid-19, que ainda mata cerca de 1200 brasileiros por dia! E isso diante de um governo, com seus generais, que fez lambança na compra de vacina, venda de falsos remédios e apodrecimento de testes.

Enquanto isso as instituições (Congresso, Judiciário, Forças Armadas…), as classes dominantes e seus partidos, que pariram o capitãozinho, tentam ganhar tempo. Embora com divisões, alguns buscam construir uma alternativa, a tal da 3ª via, para chamar de sua, como foi Bolsonaro em 2018. Já o capitãozinho ganha tempo para avançar na consagração de imperador. Como um Luiz Bonaparte ele, e sua escória, avança acima de tudo e de todos. Não é à toa, obstruído no intestino, o capitãozinho defeca tuitando contra o PT.

Se há desconforto com sua criatura, por certo não há pelos ataques ao PT, as instituições e classes dominantes tentam construir o mito de que é possível disciplinar o genocida. Como foi a encenação de Fux (STF) na conversa com Bolsonaro, tentando impor-lhe um limite. Se eles querem tempo, o que se escuta são os sinais de que o povo não aguenta mais.

Nesta situação, reuniu-se em 10 de julho a 2ª Plenária Nacional do Diálogo e Ação Petista. Ali, as manifestações de rua, a luta dos servidores contra a reforma administrativa, dos trabalhadores dos Correios contra a privatização, dos eletricitários contra a entrega da Eletrobras, dos negros contra o genocídio de que são vítimas, da juventude pelo direito a um futuro, foram testemunhadas pelos participantes. Com uma convicção: seguiremos em luta! Em defesa dos direitos e por “Fora Bolsonaro e seus generais”. Afinal, esperar 2022, que predomina na orientação do PT, é cavar a própria sepultura. Confiar que as atuais instituições vão colocar freio no capitãzinho é pá de cal na verdadeira saída para “virar a página” da tragédia que assola o país. A plenária decidiu, por isso, ampliar a discussão sobre a Assembleia Constituinte Soberana.

Com 700 petistas de 22 estados, foi decidido jogar toda força na preparação das colunas do DAP no próximo 24 de julho. Preparar o dia 24, reunindo os grupos de base e ir às fábricas, às escolas, bancos e órgãos públicos chamando a mais ampla participação. Organizar as colunas do DAP com faixas, pirulitos e som, para dialogar e organizar o mais amplamente os que querem lutar. Afinal, até quando e até onde, e de que forma este governo será varrido, é a luta do povo que determinará.

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