Depois de 14 anos aparece uma alternativa para dirigir a entidade
A chapa “Renova Andes”, foi inscrita com 83 membros de todo o país, com um programa de luta contra o golpe e seus ataques à universidade pública, à ciência, à democracia e aos direitos dos trabalhadores. A chapa foca também nas demandas da categoria docente, na defesa de um plano de carreira, de reajustes salariais e da luta aos cortes de verbas de Temer.
A chapa de situação é ligada às correntes mais sectárias do PSOL e do PCB. É o mesmo grupo que, com o PSTU (agora não mais compondo a chapa), dirige o sindicato há quase duas décadas, afastando-o da categoria e isolando-o do resto da classe trabalhadora. Filiou o Andes ao CSP-Conlutas (central liderada pelo PSTU) levando-o a participar da campanha “Fora Dilma, fora todos” em 2016 e dar as costas aos milhares de docentes que, na base, montavam comitês contra o golpe.
Desarmam assim o sindicato na luta contra a atual onda de ataques do golpismo à universidade pública – desde reitores sendo achincalhados publicamente em processos (de suposta “corrupção”) sem provas, até a tentativa do MEC em censurar disciplinas, como na UnB (veja pag.2). Mesmo quando soltou uma nota sobre a UnB, a diretoria do Andes recusou-se a mencionar a palavra golpe – a despeito da disciplina a ser censurada chamar-se “O Golpe no Brasil…”!
A Renova Andes é composta em sua maioria por docentes independentes, e também companheiros de várias correntes cutistas, como CIL (OT), AE, CSD, ArtSind, PCO e da Consulta Popular. A chapa é encabeçada por Cely Taffarel (ex-secretária-geral do ANDES quando ainda cutista). As eleições ocorrerão em maio próximo.