Os professores do Chile encontram-se em greve nacional, por tempo indeterminado, desde 3 de junho. No dia 6, foi realizada uma marcha histórica, onde mais de 75 mil professores e professoras ocuparam a Alameda [principal avenida da capital, Santiago] e no dia 11 milhares marcharam ao Congresso nacional em Valparaiso.
Discriminação, más condições de trabalho, não pagamento das cotizações sociais, falta de infraestrutura, a dívida histórica do Estado com os milhares de professores que tiveram seus salários rebaixados durante a ditadura e nunca recuperaram este prejuízo (muitos já faleceram). Colégios tomados por ratos, outros sem vidros, sem materiais de ensino, alunos congelados pelo frio. Professores mal pagos, eliminação e diminuição de horas em algumas áreas, como filosofia, história, arte, educação física…São alguns dos problemas que tentam solucionar.
O atual governo está destruindo a educação pública, ao mesmo tempo que fortalece e dá facilidades ao ensino privado que aumentam seus negócios.
No Chile a educação pública foi transferida para os municípios, que na sua maioria fazem uma péssima gestão, gastando os recursos da educação em outros itens.
Com as mobilizações o governo apresentou uma resposta aos professores que no dia 17 de junho recusaram a proposta e seguem em greve.
Javier Marquez