A secretária geral do Partido dos Trabalhadores (da Argélia, NdE), Luísa Hanune, está em liberdade. Depois de nove meses de prisão arbitrária, a corte de apelações do Tribunal Militar de Blida, retirou as duas acusações de “complô contra a autoridade do Estado” e de “atentado à autoridade do Exército”, pelas quais havia condenado Luísa, em primeira instância, a quinze anos de prisão fechada, e trocou a acusação por “não denúncia de reunião secreta”, pela qual deu uma pena de três anos de prisão, dos quais nove meses em prisão fechada.
Trata-se de uma nova demonstração de um processo político com um veredicto fraudado.
A direção do Partido dos Trabalhadores e seus militantes expressam sua satisfação por ver livre sua secretária geral, mas não aceitam esta sentença porque Luísa Hanune não fez nada para que mereça ser condenada.
Luísa Hanune declarou, após sua saída da prisão que ela recusa este julgamento e vai apelar da sentença para que seja, pura e simplesmente, anulada.
O Partido dos Trabalhadores saúda o coletivo de advogados de Luísa Hanune, que a defendeu com imensa vontade e com compromisso exemplar.
O Partido dos Trabalhadores saúda e envia seus agradecimentos a todos os partidos, sindicatos, associações, organizações de direitos humanos, às personalidades, aos e às militantes do partido e, em geral, a todos os argelinos e argelinas que apoiaram as campanhas pela libertação de Luísa Hanune, lançadas pelo PT e o Comitê Nacional pela libertação de Luísa Hanune, presidido pela moudjahida [combatente da guerra de independência da Argélia NdT], Zohra Drif-Bitat.
O PT envia igualmente sua saudação às organizações do movimento operário, aos partidos democráticos e às organizações dos direitos humanos de todo o mundo que não cessaram de desenvolver a campanha de exigência democrática de libertação de Luísa Hanune. E, neste marco, dirige uma particular saudação às organizações e militantes políticos e sindicais membros do Acordo Internacional dos Trabalhadores e dos Povos, graças aos quais esta campanha internacional foi feita em 100 países.
Como declarou Luísa Hanune após sua saída da prisão, “a alegria de recuperar a liberdade não será completa até que sejam libertados todos os presos políticos e de opinião”.
O PT e Luísa Hanune desenvolverão uma campanha pela libertação de todos os presos políticos e de opinião como parte integrante da luta pela democracia, mantida pelo povo argelino desde fevereiro de 2019.
Secretariado do Birô Político
Argel, 11 de fevereiro de 2020