De 1º a 13 de maio

No dia Internacional de Luta da Classe Trabalhadora, ainda que em pequenos atos, militantes de movimentos, partidos e sindicatos, portavam faixas com reivindicações e exigindo o fim do governo. Os grandes ausentes foram os que ficaram na telinha – como dirigentes da CUT, PT, PCdoB e PSOL, mal acompanhados por inimigos dos trabalhadores. Mas estes pequenos atos começaram a abrir a janela. Sem negligenciar os cuidados sanitários, começava um “chega desse papo do fique em casa”, é preciso voltar às ruas, das quais a maioria do povo trabalhador não saiu, na labuta diária para garantir seu sustento. Os grupos de base do Diálogo e Ação Petista estavam lá, ajudando a retomar a ocupação das ruas. A ausência de um chamado à mobilização pelas direções das organizações dos trabalhadores assanha os bolsonaristas a ocupá-las para fazer seus ataques e provocações.

Em 2020, o 1º de maio marcado pelo ato heroico do Sindicato dos Enfermeiros de Brasília, frente ao Palácio do Planalto, deixou de estar isolado com este 1º de maio de 2021.

Em 6 de maio, o país e o mundo viram, estarrecidos, a criminosa operação da Polícia Civil do Rio de Janeiro que transformou a favela do Jacarezinho numa poça de sangue, com 29 mortos.

Neste mesmo dia 6, o genocida, entusiasmado com a operação que assassinou pessoas pobres, a maioria negra, depois de dar “parabéns à Polícia Civil do Rio de Janeiro” deu um recado: “Ninguém mais aceita esse voto que está aí. Como é que vai falar que esse voto é preciso, legal, justo e não fraudado? E digo mais: se o Parlamento aprovar e promulgar, vai ter voto impresso em 2022, e ponto final. Não vou nem falar mais nada. Vai ter voto impresso. Se não tiver voto impresso, é sinal de que não vai ter eleição. Acho que o recado está dado”. Alucinação do genocida?

Não, um plano que ele vem urdindo e que vai prosseguir se as ruas, sem um chamado à mobilização, permanecerem vazias.

Mas em 13 de maio em várias capitais e cidades, atos já bem mais encorpados gritaram basta do genocídio da população negra, fora o genocida Bolsonaro. O chamado a estes atos, feito pela Coalizão Negra por Direitos, foi atendido por petistas, com uma forte presença de jovens e outros setores. O Diálogo e Ação Petista estava lá, com seus pirulitos para fortalecer o coro.

Para dar um basta a esta situação e evitar que Bolsonaro transforme em fato os seus recados, urge que as organizações dos trabalhadores – em particular o PT e a CUT – entrem em sintonia com a necessidade urgente de dar fim à fome, ao desemprego, ao descalabro abandono da população às mazelas da pandemia, dar fim ao governo. Afinal, o que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado sobre a Covid-19 vem revelando sobre a política do governo é segredo de polichinelo. Mas o homem continua lá! E a depender das instituições, que podem até gritar, mas não mordem, continuará. E se não for detido, apeado, almeja sua coroação como imperador!

Urge que as organizações assumam sua responsabilidade. Até porque, com ou sem chamado, uma hora o povo explode – como explodiu no Peru e agora na Colômbia.

Os que saíram às ruas em 1º e 13 de maio representam o povo que quer viver, que não quer morrer de morte matada, pela fome, pela violência e pela pandemia, que este governo dissemina.

O Diálogo que Ação Petista, prosseguirá no seu combate, ajudando a organizar os militantes petistas para agirem como o PT agia. Este é o objetivo da 2ª Plenária Nacional convocada para o dia 3 de julho.

À discussão, à luta!

Artigos relacionados

Últimas

Mais lidas