Voto pelas reivindicações do povo trabalhador
O Comitê Nacional do Diálogo e Ação Petista fez uma avaliação preliminar do resultado eleitoral do PT. Um balanço eleitoral deverá integrar o segundo turno. A tarefa da hora é a batalha até o último voto no dia 29!
Saudamos, desde já, as campanhas de nossas candidaturas, em especial, a de Benedita da Silva, no Rio de Janeiro, e a de Jilmar Tatto, em São Paulo. Elas reataram um diálogo com nossa base social a partir de suas necessidades, apesar da votação não ter nos levado ao 2º turno. Saudamos, também, o engajamento militante das dezenas de candidatos a vereador(a) e prefeito(a) membros e apoiadores do DAP, tanto os eleitos como os não-eleitos, pelo trabalho exemplar desenvolvido.
Sabemos que o PT, com 6,9 milhões de votos, não superou a votação de 2016 (100 mil votos à mais), ano do golpe do impeachment. Sabemos que a soma da abstenção, brancos e nulos cresceu mais uma vez, neste sistema de representação política em crise. Também houve neste 1º turno um movimento positivo de marcar mais a presença do PT em médios e grandes centros urbanos, embora não em São Paulo.
Todas as lições serão tiradas. A militância tem razão de se interrogar sobre o chamado legado e sua relação, na campanha e nos últimos anos, com as dramáticas necessidades imediatas do povo que não podem esperar até 2022. Tem razão de questionar o funcionamento e certas decisões das lideranças em todos os níveis. A discussão deve realimentar e reorientar o partido. O balanço será no momento oportuno.
A hora agora é do combate em curso. O PT é o partido que disputa o maior número de cidades no 2º turno: importantes capitais em Recife (PE), com Marília Arraes, e Vitória (ES), com João Coser, e mais 13 cidades: Anápolis (GO), Caxias do Sul e Pelotas (RS); Feira de Santana e Vitória da Conquista (BA); Contagem e Juiz de Fora (MG); Diadema, Guarulhos e Mauá (SP); São Gonçalo (RJ); Santarém (PA); e Cariacica (ES).
Disputamos também, como vices, de Manuela do PCdoB, em Porto Alegre (RS), e Edmilson do Psol, em Belém (PA). E em São Paulo, onde o PT apoia Boulos do Psol, para derrotar Bruno Covas (PSDB).
Nos próximos dias, nestas eleições, vamos prosseguir a luta contra Bolsonaro – que sai enfraquecido no 1º turno – mas também não vamos fortalecer os partidos que sustentam as suas políticas no Congresso Nacional. Por isso, o DAP não se associa às posições que no Rio de Janeiro abrem a porta para o voto de Eduardo Paes, do DEM de Maia e Alcolumbre, que articulam a política de Bolsonaro. Em Fortaleza e Maceió, como no Rio, os grupos do DAP também dizem que não querem Bolsonaro nem a política aparentada à Bolsonaro – são pelo voto 13 no 2º turno!
O Comitê Nacional do DAP convoca todos os seus grupos de base a seguir a batalha pelo voto como um momento da luta pelas demandas dos oprimidos e explorados, na crise econômica e social agravada pela pandemia, que traduzimos nas 7 medidas de emergência:
– Tabelamento dos preços dos alimentos;
– Testagem de Covid em massa, Verbas para o SUS;
– Nenhuma demissão, 5 milhões de vagas em obras públicas;
– Auxílio de R$ 600;
– Condições sanitárias para volta às aulas;
– Tributação dos mais ricos;
– Direitos políticos para Lula – Anula STF. Pelo fim do governo Bolsonaro, o quanto antes melhor!
Nosso combate é para que o PT se coloque à altura da necessidade maior do povo. Até 29 de novembro esta é nossa luta!
18 de novembro de 2020