Do 15 de maio ao 14 de junho

A prova está feita! A pujança deste 15 de maio não deve deixar dúvida.

Inicialmente convocado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), como um dia de paralisação nacional na Educação em defesa da Previdência, com o apoio da CUT e demais centrais sindicais, como um dia de mobilização nacional rumo à greve geral de 14 de junho, o 15 de maio transbordou.

Ganhou outra dimensão, atraindo amplos setores, amplas camadas da população que, em defesa da Educação , saíram às ruas para de­monstrar a insatisfação com a situação do país.

As mobilizações de 15 de maio foram catali­zadoras da resistência aos cortes na Educação que começou com os secundaristas do Colégio Pedro II no Rio de Janeiro e depois se propagou como um rastilho de pólvora em todo Brasil. As entidades estudantis entraram com tudo. O PT, e outros partidos se engajaram. Outras categorias de trabalhadores também.

E o que se viu no dia 15, em todos o país, capitais e interior, foi, além da paralisação na Educação, manifestações massivas de repúdio aos ataques à Educação desferidos por um governo vende pátria, destruidor de direitos e obscurantista.

Nas manifestações, os trabalhadores e jovens, atendendo ao chamado de suas organizações protestaram também em defesa da Previdência, por Lula Livre e rechaço ao governo. É de se notar, muito importante, houve uma grande dose de presença espontânea e não se viu nas mobilizações nenhum incômodo com a pre­sença de sindicatos de trabalhadores, de parti­dos, em especial o PT, atacados diuturnamente pelo governo e pela mídia.

Enquanto Bolsonaro e seus escroques ofere­cem espetáculos deprimentes à nação, os mili­tares desconversam e, com os juizecos, lhe dão sustentação. Os trabalhadores e os estudantes, com suas organizações, se reagrupam, atraindo amplos setores, para fazer frente aos ataques desferidos e vindouros. No plano governista o alvo central é a destruição da Previdência, porque assim ordenou o capital financeiro.

O governo não vai recuar, não pode recuar, sob pena de ser descartado como bagaço pelos detentores do poder econômico. Ele terá que ser emparedado. Tarefa que só a classe traba­lhadora, atraindo a juventude e as camadas oprimidas, pode cumprir.

O 15 de maio liberou energias. Nas próximas quatro semanas tudo deve convergir para para o país em 14 de junho. Assembleias por catego­rias, responsabilidade dos sindicatos, devem ser convocadas. As bancas de coleta de assinaturas ao abaixo-assinado “Voto Não à destruição da Previdência”, responsabilidade de todos, na qual os grupos de base do Diálogo e Ação Petista estão engajados, devem proliferar. O dia 30 de maio chamado pela UNE como um dia em defesa da Educação é a oportunidade de reeditar e ampliar o dia 15 de maio. Tudo estando conectado com a preparação da greve geral para derrotar o governo e preservar os di­reitos conquistados com a Previdência Pública e Solidária.

Em 15 de maio a prova foi feita. Há menos de seis meses da posse o governo foi rechaçado de forma contundente. Não tem pirotecnia, para açular seus fanáticos, que suplante a manifesta disposição de defesa dos direitos, da nação e da democracia, demonstrada pela multidão que ontem ocupou as ruas do país. Uma disposição que tem onde se apoiar. Em que pese a difícil situação aberta no país que culminou na tra­moia da eleição de Bolsonaro, os trabalhadores têm suas organizações para se defender.

Depois do 15 de maio é reunir as condições para que em 14 de junho a maior greve geral já realizada no Brasil barre o desmonte da Previdência, integrando a defesa da Educação e dos direitos, bem como a entrega da nação ao imperialismo.

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