Eleição sindical em São Paulo: unidade para avançar na educação

Em sindicato de trabalhadores da educação, chapa cutista tem o compromisso de lutar pela revogação do confisco de 14% das aposentadorias e incorporação dos 32% do piso na carreira

Em maio, na maior categoria do funcionalismo municipal de São Paulo, os profissionais da educação vão às urnas para escolher a direção de seu sindicato, o Sinpeem.

A Chapa 1 – Revoga 14% e Incorpora 32% – Compromisso e Luta, chapa da CUT na disputa, tem como centro anular a reforma da previdência municipal que confisca 14% das aposentadorias e garantir a incorporação do reajuste de 32% para todas as tabelas da carreira. Em 2022 o prefeito Ricardo Nunes reajustou na forma de abono apenas a faixa inicial do magistério e para as demais faixas e profissionais em apenas 5%, muito abaixo das perdas salariais que acumulavam mais de 25%.

Iniciamos através do Manifesto Unidade por um Sinpeem democrático, independente e de luta com uma plataforma de reinvidicações da categoria a discussão da nossa participação nas Eleições do SINPEEM. Dezenas de profissionais que assinaram o Manifesto e entre eles integrantes do Debate Cutista Sinpeem independente e de luta decidiram por renovar as forças que compõem a Chapa 1, colocando os interesses da categoria em primeiro lugar.

Dinheiro público para a escola pública
As condições de trabalho, a violência e a autonomia escolar pioram a cada dia. O quadro de servidores na escola é insuficiente e o adoecimento dos profissionais vem crescendo. Não há política efetiva para inclusão e para rede de proteção social. O quadro de apoio na escola tem jornada extenuante com n. insuficente para atender as demandas diárias. O prefeito Ricardo Nunes ampliou a política de convênios e agora faz transferência de recursos públicos com a compra de vagas em escola privada, mostrando que a estratégia da Prefeitura é: terceirizar e privatizar.

Sabrina Teixeira, professora que integra a Chapa 1, explica que “temos que intensificar a luta pela recuperação para administração direta da educação infantil conveniada e garantir que a prefeitura use os recursos que tem no caixa, um superávit de R$31 bilhões, para valorizar a educação pública e seus profissionais, melhorando as condições de trabalho e a qualidade do ensino”.

Democracia e liberdade de organização sindical
A prefeitura tem atacado a liberação de ponto para as atividades sindicais, conquista da categoria que permitia que Representantes de Escolas (RE) pudessem se reunir presencialmente. Será preciso reconquistar a dispensa integral de ponto, permitindo criar as condições para a volta das reuniões presenciais de RE.

Defendemos a independência do sindicato frente a todos os governos e a autonomia frente aos partidos e organizações políticas. Um trabalhador pode ter um partido/organização, mas nenhum partido/organização pode se apropriar de sindicatos para fins políticos particulares.

Defesa dos direitos
A professora Carin Sanches afirma: “para nós, na eleição do Sinpeem, trata-se de escolher o melhor campo na defesa dos direitos e fortalecimento da unidade no sindicato.” A unidade da categoria e a defesa das reivindicações são a nossa principal força.

Edilene diretora na Educação Infantil municipal reafirma “É hora de ir as ruas lutar! É hora de revogar o confisco de 14% dos aposentados junto com a CUT e a CNTE e incorporar 32% do piso nacional no salário de todos! Piso não é teto!
No dia 5 de maio. Vote na luta! Vote Chapa 1!”

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