Trabalhadores não aceitam a retirada de direitos
Em 1 4 de novembro, radialistas e jornalistas da EBC (Empresa Brasil de Comunicação) em campanha salarial (data-base 1/11) iniciaram uma greve pela manutenção dos direitos conquistados nos Acordos Coletivos anteriores e reposição de 4,5% nos salários e benefícios.
Foram oito rodadas de negociações com a direção da empresa insistindo em impor reajuste zero para todas as cláusulas econômicas (salário, tickets, auxílio creche e auxílio a pessoas com deficiência), acabar com o Vale Cultura e com os tickets extras que vem sendo pagos em dezembro e julho conquistados em greves anteriores. E ainda acabar com o adicional por tempo de serviço para os que venham a ingressar na empresa.
A EBC, comandada por Laerte Rimoli, imposto por Temer através de Medida Provisória (até então só o Conselho Curador, que também foi extinto, podia destituir o presidente), alega a “crise econômica que resultou em cortes no orçamento da empresa.”
Os trabalhadores sabem que o R$ 1 bilhão destinado por lei à EBC através da Contribuição para o Fundo de Fomento do Sistema Público de Comunicação cobrado das Teles (Claro, TIM, etc) está no poço sem fundo do superávit primário para ir direto ao bolso dos banqueiros.
Por isso se somam as demais categorias em luta por nenhum direito a menos. A luta contra a censura na programação e o assédio moral e a defesa do caráter público da EBC também integra o movimento de greve.
Nilton de Martins