Há dois meses, no dia 7 de abril, ápice do golpe imperialista, Lula foi preso.
Nesses dois meses é mantido como prisioneiro político em Curitiba, enquanto a situação do país beira o caos.
Na mesma proporção dos aumentos vertiginosos dos combustíveis, o governo golpista de Temer se liquefaz, não sem causar graves danos à nação e ao povo trabalhador.
O movimento dos caminhoneiros escancarou a política criminosa de Pedro Parente na Petrobrás para privatizar a empresa. Sua queda aprofunda a crise do governo golpista, mas não resolve o problema do país e do povo. Temer segue no Palácio do Planalto com a política entreguista, antinacional e anti-operária.
A aparvalhada atuação do governo durante o movimento dos caminhoneiros demonstra sua fragilidade e agrava a situação do país. Setores produtivos atingidos com as medidas em função do acordo feito, entram em choque com o governo e exigem revisão. Os caminhoneiros por sua vez, atentos, anunciam que não vão aceitar recuos.
Os serviços públicos e as políticas sociais, em situação já desastrosa, vão sangrar ainda mais com cortes anunciados no orçamento para subsidiar a queda do preço do diesel.
Ainda que não se possa medir todas as consequências, econômicas, políticas e sociais, dos 10 últimos dias de maio que praticamente pararam o país, algumas coisas, entretanto, foram profundamente evidenciadas.
O governo golpista promove a ruina nacional e, já empurrado contra a parede desde que os trabalhadores impediram a votação da contrarreforma da Previdência, não tem mais nenhuma autoridade. Nem mesmo junto aos seus comparsas.
Os partidos da burguesia, sócia do golpe, se engalfinham na tentativa de se apresentar como saída, mas não convencem nem a si mesmos.
No rastro desta situação de crise, os militares são aclamados, por alguns setores, como salvadores. Que os generais tomem distância, agora, de uma solução militar, nada está garantido. O caos patrocinado pelo golpe abriu o esgoto para que uma escória, personificada em Bolsonaro, se candidate a dirigir o país.
Mas, a principal evidência diante desta situação é que há sim saída para interromper a ruina nacional patrocinada pelo golpe, que sacrifica em primeiro lugar o povo trabalhador.
Preso político há dois meses, Lula se reforça aos olhos do povo como a esperança de um país e uma vida melhores.
Não apenas pelo que dizem as pesquisas que o confirmam favorito mesmo preso há dois meses. Mas pelo que se ouve e o que se vê dos relatos dos Comitês que realizam atividades nas portas de fábricas, nos bairros, locais de trabalho e escolas.
Amadurece, entre os trabalhadores a compreensão de que a defesa de seus direitos e da nação se concentra hoje na defesa da liberdade para Lula e na luta pela sua vitória como candidato à presidência.
A situação do Brasil é dramática. Com o país à beira do caos, o Judiciário golpista e podre, numa perseguição política contra Lula e o PT, mantém encarcerada a saída política para o país. Até quando?
A força organizada que vai se consolidando, é a única capaz de fazer Lula Livre e, eleito Presidente, devolver a palavra ao povo para que o país possa ser reorganizado. A começar pela urgente necessidade de reformar as instituições golpistas, como este Judiciário, e pôr fim ao desastre nacional patrocinado pelo golpe.
Toda força na construção dos Comitês, Lula Presidente!