Luta já, para acabar toda asfixia!

Brasileiros morrendo por falta de ar, sem oxigênio, no coração da floresta amazônica! Assim começamos o ano. A dramática situação em Manaus, pela ação criminosa dos governos federal, estadual, Wilson Lima (PSC), e municipal, Arthur Virgílio (PSDB), por falta de oxigênio em hospitais, com capacidades esgotadas pela aceleração da contaminação, anunciada desde agosto e ignorada. Segundo o epidemiologista Jesem Orellana da Fiocruz, por pressão de Bolsonaro.

2021 já se anunciava difícil para as famílias trabalhadoras. Recrudescimento da pandemia, fim do auxílio emergencial, mísero salário mínimo, desemprego e o estouro do preço dos alimentos. E aí vem novas bombas.

A Ford anuncia o fechamento das plantas no país e a demissão de 5000 trabalhadores. O Banco do Brasil anuncia fechamento de agências e demissão de 5000 bancários.
Na maior crise do capitalismo, as multinacionais aproveitam a pandemia para suas reestruturações, fechando postos de trabalho para assegurar o lucro.

O plano do BB prepara a privatização para beneficiar o capital especulativo.
Situação tão dura para a classe trabalhadora, ela deveria servir de alerta para as organizações que pretendem falar em seu nome: chega de omissão, chega de conciliação com as instituições e partidos que sustentam esta tragédia para sugar até a última gota de sangue dos trabalhadores!

Fazer comentários ácidos contra Bolsonaro e seu governo está fácil. Até Rodrigo Maia, que apoia sua política, faz.

O problema é organizar a luta. E cadê uma oposição para fazer isso?

E Bolsonaro avança. Ninguém pode fingir que não vê seus movimentos junto às polícias, que não ouve seus discursos e sua ameaça de que no Brasil em 2022 vai ser pior do que a invasão do Capitólio nos EUA, comandada por Trump.

Quem quer esperar 2022, verá. Mas os trabalhadores estarão dispostos a isso? Sem prever ritmos e prazos, no Brasil se acumulam os elementos, os mesmos que levaram às explosões, em diferentes níveis, no continente americano, incluindo as de 2020 nos EUA.
Nos EUA foram as explosões -dos negros, latinos, jovens e sindicalistas- a base da derrota de Trump, mas ao mesmo tempo, os anseios ali revelados esbarram no muro de outra ala imperialista representadas por Biden. No Brasil pode ser diferente, pois não?

Aqui, Partido dos Trabalhadores, com a maior implantação nacional e a maior bancada na Câmara Federal, e Central Única dos Trabalhadores, com o maior número de sindicato filiados, são os principais responsáveis para chamar e organizar a luta, único caminho para frear a tragédia e apear o capitão e sua tropa que a promovem.

Mas o PT – atrás de cargos das Mesas da Câmara e Senado, prisioneiro do jogo parlamentar, no mais reacionário Congresso – ao se enredar com MDB, DEM, PSD, PP, et caterva, joga água no moinho dos responsáveis pelo sofrimento do povo e desmonte da nação (ver pag.4). A CUT, ao entrar neste jogo, atrás de compromisso com Arthur Lira, candidato de Bolsonaro à presidência da Câmara, ou de Baleia, candidato de Maia, ao contrário de dar confiança, desarma e confunde sua base sindical que precisa de apoio para defender seus empregos e direitos (ver pag.6). Assim, onde vamos parar? O que sabemos é que as investidas do capital e a marcha de Bolsonaro não param; ao contrário, avançam.

É preciso dar oxigênio à luta e acabar com a asfixia do povo. Como fazer e o que fazer, é o que discutem os grupos de base do Diálogo e Ação Petista em reuniões chamadas pela plenária nacional de 20 de dezembro, da qual participaram 500 petistas do país. Participem, e organizemos a luta!

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