Novo Ensino Médio: como prosseguir a luta pela revogação?

Na Assembleia Legislativa de Alagoas ocorreu, dia 19 de maio, um debate com o tema “Revogação ou reforma do Novo Ensino Médio: a nova grade curricular e os investimentos na educação pública”. A sessão especial da casa foi proposta por Ronaldo Medeiros, deputado do PT e teve a participação de Teresa Leitão, senadora do PT de Pernambuco.

O plenário estava lotado de estudantes e professores que voltaram a levantar a exigência da revogação do Novo Ensino Médio (NEM). Ronaldo defendeu: “Trouxemos a senadora Teresa Leitão para escutar alunos e professores, pais, movimentos sociais e sindicatos para, depois, encaminharmos um documento ao Senado a fim de que, juntamente com a Câmara Federal, possamos, creio eu, decidir pela revogação (…)”.

No Mato Grosso, ocorreu uma audiência pública no dia 22 de maio na Assembleia Legislativa do estado. A secretaria de educação do estado foi convidada e compareceu à atividade, onde escutou de estudantes e professores os muitos problemas que possuem o Novo Ensino Médio e a necessidade da revogação.

O deputado Valdir Barranco (PT) disse que um relatório da audiência será entregue para o ministro da educação, que deve ir à Cuiabá nos próximos dias.

E a UBES?
A União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) não convocou mais nenhuma mobilização nacional pela revogação depois do ato de 19 de abril. Também não tomou iniciativa para fazer com que os estudantes pudessem expressar sua posição se dirigindo a Lula para que o governo assuma um projeto de lei que revogue a Lei 13.415/2017, embora a UBES afirme nas suas redes que está “discutindo” um projeto com essa finalidade.

Enquanto isso, o MEC faz uma consulta online que vai até 6 de junho, cheia de perguntas enviesadas pró-NEM. Até agora, não foram encaminhadas as audiências públicas que se comprometeram a fazer nos estados, muito menos a atividade ampla com representantes estudantis em Brasília. Quando ocorrem atividades como essa de Alagoas, a iniciativa é de parlamentares e entidades que não aceitam que Lula aplique a destruição do currículo básico implementado pelo golpista Temer.

Retomar a iniciativa
A Juventude Revolução do PT afirma em seu último boletim: “Mais de 1 mês após a última mobilização nacional, há silêncio por parte da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) que deveria ser ponto de apoio para essa luta seguir forte. O problema persiste e nós perguntamos o que fazer.” Na busca por caminho, a JRdoPT propõe reunir os estudantes de diversos estados brasileiros para debater a continuidade da luta e como retomar a iniciativa de mobilização desde as escolas.

Cristiano Flecha

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