Pandemia: número de casos cai, mas segue alto

Em relação há um mês atrás, os números mostram uma diminuição significativa nos casos e nas mortes pela Covid-19, apesar de somente 17,96% estarem completamente imunizados, devido ao número reduzido de vacinas à disposição.

Uma diminuição importante, mas ainda em patamares muito elevados de contaminados e mortes, vitimando principalmente o povo pobre da periferia.

Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), 3,97 bilhões de doses da vacina (a maioria das disponibilizadas são de duas doses) chegaram à população adulta (para uma população estimada em 7,8 bilhões). E de maneira desigual, seguindo a rota da riqueza, 75% das 3,97 bilhões de doses, foram destinadas para os 10 países mais ricos do mundo, 1% para os países africanos e quase nenhuma por exemplo, chegou no Haiti.

E quanto mais o vírus circula, mais pessoas são infectadas e maior a possibilidade do surgimento de novas formas. A vacina é a maneira mais eficaz de bloquear a disseminação do vírus e consequentemente o aparecimento de novas variantes. Mas os capitalistas e as grandes farmacêuticas visam somente o lucro.

Vacinação e testagem
Vacinação em massa e testes para todos, isolando os casos positivos é a maneira para combater a circulação do vírus, a contaminação e consequentemente a diminuição do número de mortes, causadas pela Covid-19.

Mas, com Bolsonaro e seus generais, o governo deixou apodrecer os testes, além da lambança feita na compra das vacinas –como vem demonstrando a CPI.

Sem a produção de insumos e tecnologia, por falta de verbas e sucateamento das Universidades e laboratórios públicos de pesquisa, o país fica na dependência de dois ou três países. Ficando assim, sujeito a problemas de atraso de entrega, como no caso da vacina russa, a Sputnik, contratada pelos governos do Consórcio do Nordeste e à inoperância do governo na liberação das vacinas importadas. Por falta de doses, várias capitais do país suspenderam a vacinação.

A quantidade limitada de vacinas que chegam e as que são produzidas no país e dependentes do IFA – Ingrediente Farmacêutico Ativo, certamente vai prolongar ainda mais a pandemia entre nós.

Como corretamente expressou uma manifestante no 24 de Julho na Paulista, “Bolsonaro e seus generais, negaram a vacina, receitaram a cloroquina, e já mataram mais que a bomba de Hiroshima”.

Osvaldo Martinez D’Andrade

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