Planos de vacinação nacional e do estado de São Paulo são deficitários, denunciam sindicatos

Diversos sindicatos denunciam o fato de que os planos nacional e do estado de vacinação são deficitários e, em nota, exigem medidas para conter o avanço da pandemia. Confira a nota abaixo.

“A falta de um enfrentamento da pandemia no Estado de São Paulo e no Brasil choca a todos nós profissionais de saúde. Por diversas vezes denunciamos falta de condições de trabalho dos médicos e demais profissionais de saúde: não há testes suficientes, faltam equipamentos de proteção individual (EPIs) e muitos trabalham em vínculos precários sem direito a afastamento em caso de acometidos pela Covid-19. Nos estarrecemos com a falta de leitos em vários locais e de oxigênio no Amazonas.

A verdade é que não há doses suficientes da vacina propagandeada e vemos o presidente, Jair Bolsonaro, e o governador do estado de São Paulo, João Doria, usarem eleitoralmente sua guerra fútil enquanto milhares falecem. Ao mesmo tempo que tratamentos continuam sendo estimulados sem nenhuma comprovação científica pelo governo federal, nenhuma política de isolamento social foi realmente impulsionada por Doria, que utiliza os critérios de fases de cores ao seu bel-prazer, e assim como o governo Bolsonaro, não garante as políticas públicas para condições de renda, emprego, alimentação e transporte adequadas.

A vacinação em massa, que ajudaria a garantir um controle da pandemia, ainda deve demorar, sendo necessário hoje a ampliação de condições de enfrentamento com políticas públicas e isolamento social. Recebemos nesta semana inúmeras denúncias da distribuição irregular e injusta da vacina, além da possibilidade de o setor privado capitalizar as doses e faltar pra quem realmente precisa. Médicos, médicos residentes e pejotizados, enfermeiros, fisioterapeutas, profissionais do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), dos hospitais e de todas as unidades e serviços de saúde que estão na linha de frente denunciam a falta de perspectiva e a demora dos imunizantes.

Por isso, exigimos:

1) Vacinação para todos os trabalhadores da saúde imediatamente! Incluindo os terceirizados, serviços de apoio, serviço de urgência e residentes. Com planejamento de vacinação para toda a população com vacinas produzidas, adquiridas e distribuídas pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

2) Testagem em massa, EPIs e profissionais suficientes para o enfrentamento da pandemia no serviço público.

3) Tratamentos baseados em evidências.

4) Ampliação das políticas de isolamento associadas à garantia de sobrevivência da população: renda emergencial, garantia de emprego e nenhuma demissão.

5) fora Doria e Bolsonaro! Esses governos não respondem às nossas necessidades.

Assinam a nota:
Federação dos Trabalhadores em Seguridade Social no Estado de São Paulo (FETSS);
Sindicato dos Agentes Comunitários de Saúde do Vale do Paraíba, Litoral Norte e Serra da Mantiqueira;
Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp);
Sindicato dos Nutricionistas do Estado de São Paulo (SindiNutri-SP);
Sindicato dos Psicólogos de São Paulo (SinPsi);
Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo (Sindsep); e
Sindicato dos Trabalhadores na Área de Saúde Privada e Filantrópica do Grande ABC (SindSaúde ABC).

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