Dias após dia, as famílias trabalhadoras veem ruir suas condições de vida e trabalho, num país jogado nas mãos de facções golpistas, a serviço do capital financeiro.
Enquanto o patrimônio nacional é dilapidado, os direitos aviltados, os serviços públicos dizimados, a democracia pisoteada por um Judiciário fraudador e ditatorial, as cúpulas das instituições que comandam esse desatino batem cabeça, mas buscam avançar – ainda que em meio a uma crise profunda – contra tudo que foi uma conquista da nação e dos trabalhadores, abrindo a perspectiva de um perigoso agravamento da situação.
O que vivemos aqui, é a face nacional de uma investida internacional contra as nações e os povos, como sentiu na carne o povo catalão, na criminosa repressão contra seu direito à autodeterminação, desferida por um estado monárquico a serviço do mesmo capital financeiro, para o qual trabalham os golpistas no Brasil.
O governo e as instituições golpistas empurram o país ao desastre e ingredientes perigosos se manifestam.
O Judiciário cada vez mais se arvora a um poder absoluto. Num Congresso Nacional desacreditado, prossegue a lambança contra o povo. E o “comandante em chefe” da lambança, do alto dos seus 97% de rejeição popular, prossegue no assalto aos interesses da maioria do povo para manter-se na cadeira que usurpou com o golpe. Um ambiente no qual vozes das Forças Armadas colocam as manguinhas de fora à luz do dia, e se apresentam como alternativa.
Isto tem que parar! E quem pode deter esta tragédia é a resistência da classe trabalhadora e da maioria oprimida que não deixa de se manifestar.
Como na Venezuela contra o cerco montado pelo imperialismo (confira nesta edição de O Trabalho) , os trabalhadores brasileiros buscam se defender.
Categorias entram em greve, como os trabalhadores dos Correios e os professores do Rio Grande do Sul. Milhares se manifestaram no Rio de Janeiro, em 3 de outubro, aniversário da Petrobras, em defesa da soberania nacional. Por inciativa da CUT, uma campanha que pretende mobilizar mais de um milhão e trezentas mil adesões à exigência de anulação da contrarreforma trabalhista, ganha apoio dos trabalhadores.
Uma resistência que, como cada vez mais mostram as sondagens e manifestações como as da caravana ao Nordeste, vê em Lula e no PT a saída.
Sim, a única alternativa ao caos, palpável à maioria do povo trabalhador é Lula presidente para devolver tudo que está sendo roubado dos trabalhadores e da nação e destrancar o garrote das instituições que condenam a nação do atraso. O que coloca na ordem do dia para um novo governo de Lula, a convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte, como decidiu o 6º Congresso do PT e foi reafirmado por seu Diretório Nacional recentemente reunido.
E justamente porque é esta a alternativa na qual cada vez mais setores da maioria oprimida buscam se agarrar, prossegue a perseguição encarniçada de Moro & Cia contra Lula. A cada confirmação do apoio popular a Lula e da preferência partidária ao PT, vem chumbo do Judiciário e da mídia. Tudo para viabilizar “legalmente” – como foi feito com o golpe contra Dilma – o impedimento de que Lula seja candidato, para cassar o direito do povo de votar.
Para ajudar na resistência que os trabalhadores manifestam através da sua luta direta, para deter a pilhagem do patrimônio e dos direitos, mais do que nunca é hora de reforçar: Eleição sem Lula é Fraude!