Regressão secular ameaça o país!

Para onde caminha o Brasil nas mãos dos serviçais do capital financeiro?

A publicação da Portaria 1.129, no Diário Oficial da União em 16 de outubro, que modifica o conceito de trabalho escravo e cria obstáculos à sua fiscalização e combate, é uma brutal expressão de para onde o governo usurpador, imposto pela força destruidora da especulação financeira, empurra o país.

Para se manter no poder, reunindo os votos necessários para safar-se da investigação dos crimes de que é acusado, Temer entregou à bancada ruralista da Câmara Federal o direito aos latifundiários de explorarem impunimen­te o trabalho escravo!

Depois de quebrar a CLT, dando ao patrão a liberdade de super explorar seus empregados, o golpista agora autoriza os ruralistas a explorarem o trabalho em condições análogas à escravidão do século 19!

O governo, e as instituições que lhe dão sustentação avançam, mesmo em crise, e aos solavancos, contra a nação, o povo trabalha­dor e a democracia.

Mas, não há um tapete vermelho estendido para esta marcha mortífera deslizar.

Amadurece na consciência da classe traba­lhadora, que não aceita ajoelhar-se à rapinagem programada pelo golpe, que é possível colocar um breque nesse desvario que pretende transformar o Brasil num campo de exploração selvagem dos trabalhadores e das riquezas nacionais.

Há disposição de luta para revogar as me­didas que retiraram direitos, como mostra a mobilização ao redor da Projeto de Lei de Iniciativa Popular, lançado pela CUT, pela anulação da contrarreforma trabalhista.

Há disposição de luta contra os brutais cor­tes orçamentários que prejudicam o atendimento das necessidades da maioria do povo trabalhador, como demonstrou o MST que se manifestou em 17 de outubro em várias sedes estaduais do Instituto Nacional de Reforma Agrária (Incra), e ocupou o Ministério do Planejamento em Brasília, contra o corte de verbas para a Reforma Agrária.

Todas as medidas de destruição devem ser revogadas! A soberania precisa ser conquistada!

Amadurece a consciência de que há uma saída para salvar a nação do desastre e que por ela é preciso lutar. É por isso que ten­tam impedir a candidatura de Lula, mas também amadurece a convicção de que “eleição sem Lula é fraude. ”

Foi o que concluiu o 7º Encontro Nacional do Diálogo e Ação Petista em 7 e 8 de outubro.

Como disse a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, presente em seu ato de abertura: “o PT e Lula têm papel importante nessa resistência, estávamos muito recuados, mas agora começamos a compreender o que está e jogo. ” E completou reafirmando a candi­datura Lula para convocar uma Constituinte para “fazer as reformas de acordo com os interesses dos trabalhadores e da maioria do povo brasileiro. ”

Posição saudada pelo deputado constituinte da Venezuela, Raúl Ordoñes, também pre­sente no ato, como um caminho para ajudar a luta do povo venezuelano contra o cerco imperialista.

Reafirmando as decisões do 6º congresso do PT o Encontro do Diálogo e Ação Petista adotou um manifesto que chama a reforçar a resistência e a defesa da candidatura Lula para que o país tenha, pela primeira vez em sua história, uma verdadeira Constituinte que avance na conquista da soberania.

Este manifesto será apresentado nas reuniões de volta do Encontro, organizadas pelos gru­pos de base do Diálogo e Ação Petista, para dar continuidade à luta pela reconstrução do PT, tarefa urgente para livrar o Brasil da ameaça à uma regressão secular.

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