Reunião do “Acordo Internacional dos Trabalhadores” debate campanhas internacionais

Reuniu-se em Paris, nos dias 23 e 24 de fevereiro, a coordenação do Acordo Internacional dos Trabalhado­res e Povos (AcIT), dois meses e meio após a realização exitosa da 9ª Confe­rencia Mundial Aberta contra a guerra e a exploração em Argel.

A reunião recebeu mensagens e pro­postas de vários países, dentre eles do Brasil. Julio Turra, que é membro da coordenação, não pode participar da reunião dada a mobilização de 19 de fevereiro em defesa da aposentadoria, por isso enviou cartas com propostas de campanhas referentes à situação no Brasil e na Venezuela.

Luís Eduardo Greenhalgh, secretário­-adjunto de relações internacionais do PT, já havia anteriormente enviado aos dois responsáveis pela coordenação, Luisa Hanoune (PT da Argélia) e Do­minique Canut (POI da França), uma carta agradecendo o apoio já manifes­tado por aderentes do AcIT em vários países e solicitando, depois da farsa do julgamento do TRF-4 que condenou Lula em 24 de janeiro, a continuidade da campanha em defesa do direito de Lula ser candidato a presidente.

 

A discussão na reunião

A reunião passou em revista as atividades de prestação de contas da conferência de Argel ocorridas em dis­tintos países e decidiu convocar para o início de junho a primeira reunião do Comitê internacional de ligação e intercâmbio, cujo objetivo é prosseguir o diálogo político sobre as experiên­cias de resistência dos trabalhadores e povos, sobre os combates que são travados no seio de organizações dos trabalhadores e democráticas, visando superar os obstáculos à luta pela eman­cipação social.

Várias delegações já indicaram seus representantes para esse comitê ampliado, como a brasileira de nove membros que mandatou Luis Eduar­do Greenhalgh para representá-la no Comitê internacional de ligação.

Na discussão sobre a construção des­se comitê foi levantada a necessidade de encontros regionais ou continen­tais, estando previsto um primeiro encontro de delegados europeus no início de março. Companheiros da África Ocidental preparam também um encontro em Lomé (Togo).

Por ocasião da assembleia anual da OIT em Genebra (28 de maio a 8 de junho), também se fará um encontro de sindicalistas organizado pelo AcIT para debater suas iniciativas.

A coordenação também discutiu um informe sobre a situação dos trabalha­dores e trabalhadoras da Palestina e as condições particulares de exploração que sofrem tanto no interior das fron­teiras de 1948, quanto no território da Autoridade Palestina. Informe que será dado ao conhecimento de todos os aderentes ao AcIT.

Também discutiu um informe sobre a situação na África do Sul (Azania), após a saída de Jacob Zuma e sua substituição por Cyril Ramaphosa em 15 de fevereiro, o que abre uma nova situação para o combate de emancipação do povo negro.

 

Campanhas adotadas

A coordenação registrou e incentiva as seguintes campanhas em todos os países onde há aderentes do AcIT:

– pela libertação dos presos políticos catalães e fim das perseguições policiais;

– apoio incondicional à campanha lançada pelo PT do Brasil em defesa do direito de Lula candidatar-se à pre­sidência;

– apoio à campanha lançada na América Latina pelo respeito à sobera­nia do povo venezuelano, contra toda ingerência externa: Trump, tire as patas da Venezuela!

– apoio à campanha da União Geral dos Trabalhadores de Guadalupe con­tra a repressão anti-sindical, registran­do que Lionel Chouro, dirigente da UGTG e membro da coordenação do AcIT, está ameaçado pela Justiça desse departamento ultramarino da França.

 

Correspondente

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