Voto 13 em legítima defesa!

Desencadeou-se uma ofensiva sem pre­cedentes contra a vitória de Haddad 13, depois que o PT arrancou um resultado vitorioso nas condições do 1o turno.

À classe dominante, após a ruína de seus partidos, contra o PT só restou serrar fileiras ao redor do autoritário e desqualificado Bol­sonaro, adestrado por generais para atacar o povo e a nação.

Do mesmo esgoto de onde emergiu Bol­sonaro, fluem os meios para tentar elegê-lo.

O próprio Bolsonaro sobe o tom e incita a violência. Apoiadores do ex-capitão agridem e intimidam, quanto mais cresce a campanha pelo voto 13 Haddad Presidente.

Muitos patrões, numa ação claramente ilegal, como disse o Ministério Público do Trabalho, coagem seus empregados com ameaças de desemprego.

“Na confecção em que eu trabalho, está todo mundo com medo. O patrão falou que se Bolsonaro não ganhar, vai mudar, e mandar todo mundo na rua”, relatou uma operária numa reunião de bairro de Gua­rulhos. Outra trabalhadora reforçou: “na multinacional em que trabalho também tem isso”. São depoimentos que traduzem o clima de intimidação dos trabalhadores.

Que se soma ao escândalo da manipulação eleitoral pelo WhatsApp, difamando o PT, Lula e seu candidato, intoxicando o povo com antipetismo. A denúncia recente é cate­górica: a manipulação é feita para fraudar o voto, com financiamento privado, caixa 2, portanto, crime eleitoral passível de cassação de registro.

A operação é abençoada por pastores caça­-níqueis de certas igrejas que induzem seus fiéis, o que também é proibido, com apoio logístico de policiais militares que fazem apreensões ilegais de material da campanha Haddad.

É uma evidente conjugação fraudulenta de forças, bancada pelo capital financeiro, nacional e internacional.

Mas as ações ilegais são vistas com com­placência pelo Judiciário, monitorado pelos generais que se aboletaram nas instituições.

A presidente do Tribunal Superior Eleito­ral (TSE), Rosa Weber, disse que está tudo normal, “as instituições estão funcionando” e o julgamento das denúncias será feito “no tempo oportuno”. Ou seja, “deixa rolar”.

Na ocasião, tutelando a presidente do TSE, o general Etchegoyen, afirmou que “não foram encontradas ações sistêmicas do exterior para influenciar as eleições, embora tenha reconhecido que alguns episódios foram constatados”! (Valor, 22/10). Ora, interferên­cia eleitoral e financeira do exterior é crime. Mas o general fala como o policial que pegou um assassino, mas o deixa solto porque não viu cadáveres suficientes para caracterizar um serial killer!

A complacência do Judiciário, aliado ao novo Congresso ultrarreacionário, estão aí mostrando que a vitória de Haddad colocará ainda mais concretamente a neces­sidade de uma Constituinte Soberana para varrer estas instituições apodrecidas que de­ram o golpe e acobertam Bolsonaro.

A luta pela vitória do voto 13 cresce. Sindi­catos tomam posição e discutem nas bases. Nas universidades cresce a mobilização. Rela­tos de campanha olho-no-olho atestam que é possível virar voto. No último dia 20, em várias capitais e cidades, centenas de milhares manifestaram pelo voto 13.

É esta força que os patrões, os bandos inci­tados por Bolsonaro, a manipulação regada a milhões pelos capitalistas, o judiciário co­nivente e os generais, querem anular.

Até dia 28 é a luta pela vitória! Depois, é reunir, fazer o balanço, e continuar agrupado. A luta vai continuar, pois os capitalistas não darão trégua.

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