Com Levy, contra o povo?

Levy representa a regressão econômica e social do país

Uma vez mais, desta vez desde a Turquia, na reunião do G-20, a presidente Dilma fez enfática defesa de seu ministro Levy. Disse,”vir a público e reforçar que o ministro fica onde está”, porque “é um grande servidor público, que tem compromisso com a estabilidade do país”.

Estabilidade para os especuladores, inferno para o povo!

Levy simboliza uma política que pode levar até o início de 2016 a um índice de desemprego de dois dígitos.

Dilma também defendeu o projeto de Lei Antiterrorismo, em discussão no Congresso Nacional, por cuja aprovação Levy pressiona. Um projeto que pode transformar a luta social, como uma ocupação de terra, em ato terrorista! Por isso, é repudiado pela CUT, pelo MST e demais movimentos populares. Inclusive o presidente a Comissão de Direitos Humanos da Câmara, do PT, pediu a retirada do projeto.

E Dilma diz, “Levy fica onde está”!

Fica para prosseguir a política que satisfaz os especuladores que, em todo o mundo, jogam milhões no desemprego, quebram direitos e conquistas sociais.

Agora mesmo, no estado mais rico da nação, o governo paulista quer fechar 94 escolas públicas para economizar recursos. Em resposta, jovens estudantes de 14 a 18 anos mobilizam-se, ocupando escolas, para impedir o fechamento.

Mas, o pretexto da investida do governado Alckmin (PSDB) é a queda da arrecadação provocada pelo ajuste fiscal recessivo de Levy que também provoca atraso no pagamento de salários do funcionalismo e compromete os serviços públicos nos Estados e municípios.

A estabilidade com a qual Levy tem compromisso é a que ditou o desinvestimento na Petrobrás e levou à greve os petroleiros para garantir os direitos e um reajuste ao menos igual à inflação.

Em consequência do desemprego e da queda da renda salarial das famílias trabalhadoras, o trabalho infantil, depois de 10 anos, voltou a crescer no país.

Regressão econômica e social, esse é o compromisso de Levy, para atender o capital financeiro e a sanha de lucro das multinacionais.

Não foi esse o compromisso assumido por Dilma e pelo PT, com os 54 milhões de brasileiros que lhe deram a reeleição!

Agora mesmo, a região da Baixada Santista, no litoral paulista, está na iminência de perder cerca de 20 mil empregos, com a decisão da Usiminas, localizada em Cubatão, de desativar setores da produção.

Há uma resistência na cidade, a começar pela prefeita do PT que recoloca como saída contra essa ameaça, a discussão da reestatização da empresa, privatizada por FHC.

Em Cubatão, a prefeita do PT está na luta em defesa dos empregos, porque não quer ser “a prefeita do PT que fechou a cidade”. Assim é agir como o PT agia!

Dilma não pode continuar deixando que seu ministro Levy feche o país para o povo e abra as portas à pilhagem especulativa.

As reuniões de base do Diálogo e Ação Petista querem ajudar a conquistar uma política que atenda aos interesses dos trabalhadores e da maioria da nação.

Uma reflexão se impõe: se Dilma insistir na política de ajuste de Levy, está colocada a discussão do partido mudar a relação com seu governo.

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