Trabalhadores de hospital em Minas fazem paralisação parcial exigindo medidas de proteção a colegas e pacientes

Trabalhadores da saúde do Hospital Regional João Penido (hospital estadual), em Juiz de Fora, Minas Gerais, paralisaram as atividades na manhã da sexta-feira (24/04), para se manifestar por uma série de reivindicações em meio à pandemia.

Para Lenir Romani, dirigente regional do SindSaúde – MG a paralisação parcial foi necessária diante das posições  e falta de ação do governo do estado. Segundo ela, no hospital João Penido há falta de EPIs para a assistência aos pacientes de COVID-19. “Estamos sem EPIs, sem o capote azul que é impermeável, e isso é muito grave. O Hospital João Penido está fornecendo somente o capote descartável branco, aquele que transpassa a secreção. Isso é muito perigoso porque tem risco de contaminação biológica”, disse a sindicalista.

O ato cobrou ainda a extensão para todos os servidores de uma gratificação que foi concedida somente aos médicos. “Há falta de isonomia” explicou Lenir. “O governo só concedeu uma gratificação extra aos médicos contratados, esquecendo dos outros servidores que estão lutando de frente contra essa doença continuamente!”

O ato ainda questionou o fato de que o governo está obrigando funcionários com comorbidade a se afastarem através de férias ou mediante declaração para repor dias parados sem remuneração integral e exigiu a reabertura de outros hospitais. De acordo com Lenir “há na ala pediátrica crianças contaminadas com COVID-19 em meio a pacientes com outros quadros clínicos, o que pode potencializar a doença”.

A luta que envolveu profissionais de diversas categorias como socorristas do Samu, enfermeiros, médicos, fisioterapeutas, setores administrativos etc. deve continuar. O deputado Betão, do PT MG oficiou o secretário de saúde levantado as reivindicações dos servidores do hospital que é chave para o tratamento da pandemia na cidade mineira.

Artigos relacionados

Últimas

Mais lidas