Uma batalha de libertação da nação

Para 27 milhões de brasileiros falta traba­lho, entre desempregados, subocupados e desalentados (que perderam a esperança de encontrar emprego) segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad).

61% das crianças e adolescente vivem na pobreza, de acordo com levantamento da Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância).

A situação pela qual passa hoje o povo pobre do Rio de Janeiro, é a expressão mais dramática do desastre nacional instalado com o golpe. Seis meses de intervenção militar, só aumentaram a violência. A ocupação militar de três favelas, no último dia 21 envolvendo 4200 homens, levou ao desespero famílias trabalhadoras: “Estamos unidos para que acabe esse absurdo de intervenção, que só serve para colocar pobre contra pobre, porque o social dentro das comunidades até agora não chegou. Somente banho de sangue”, de­nunciou um líder de uma das comunidades.

A destruição nacional em curso, desde que o capital financeiro, com o golpe, impôs um governo subserviente a seus interesses, tem que ser interrompida. E pode ser interrom­pida com as eleições presidenciais!

Pesquisas publicadas nesta semana são aca­chapantes! Em todas Lula, preso, impedido de falar, segue o franco favorito, batendo a casa dos 40% de intenção de voto na mais recente, a do Datafolha.

O mercado, mesmo contando com os ser­viços do Judiciário e da grande imprensa, não consegue seu intento de eliminar Lula e deixar o povo trabalhador sem ter onde se agarrar para reverter a destruição do país.

Foi a semana em que Lula subiu, a bolsa caiu e o dólar aumentou, ultrapassando os R$ 4,00.

O mercado chantageia, mas o povo sabe por onde ir. Quer exercer seu direito democrático de votar em Lula para voltar a ter emprego e os direitos trabalhistas usurpados com a contrarreforma trabalhista. Quer votar em Lula para ter acesso a serviços públicos, para isso é preciso pôr fim à Emenda Constitucional 95 que tira recursos do Orçamento para jogar na especulação financeira.

O povo quer votar em Lula para livrar-se da fome e dos abusos policiais e militares. En­fim, quer votar para viver em paz e com dig­nidade, o que lhe é negado pelos poderosos. Os poderosos que dominam as instituições, a imprensa monopolizada e manipuladora. Os poderosos que confinaram Lula numa cela e aprisionam a maioria do povo traba­lhador no sofrimento e penúria.

Nas eleições presidenciais a nação pode dar um grande passo para se libertar desse garrote, é isto que se joga nas próximas semanas.

Os 50 mil manifestantes em Brasília, no ato da inscrição da candidatura de Lula, em 15 de agosto, são um termômetro do que é possível organizar e mobilizar.

Dado relevante das últimas pesquisas, além da consolidação de Lula, é que o PT atinge 29% de preferência partidária, en­quanto os demais 34 partidos somam 27%, segundo o Ibope.

Com todo achincalhamento que o partido é vítima, e apesar dos erros políticos que cometeu, o PT é um partido enraizado junto à classe trabalhadora, é seu principal instrumento de luta para chegar à vitória eleitoral.

Os próximos 45 dias concentram a batalha. É o que estará no centro dos debates do Encontro Nacional Extraordinário que o Diálo­go e Ação Petista realizará em 1º de setembro, em São Paulo, por “Lula com Constituinte”,

Até 7 de outubro é Lula Presidente, para levar à vitória e, como diz o nosso candida­to “a partir de 1º de janeiro começarmos a reconstrução desse país”.

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