Confira abaixo o índice da edição:
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– A Greve Geral nos hospitais
“(…) Os patrões recuam e o regime colhe derrotas impressionantes – como no caso dos médicos residentes, onde foi obrigado a ceder em praticamente todos os pontos. É nesse quadro que acontece a greve geral no Hospital das Clínicas e no do Servidor Público do Estado de São Paulo. Além de fazerem as ameaças de costume, os porta-vozes do governo garantem: o governo se mantém numa posição intransigente e não vai atender a nenhuma das reivindicações. (…)”; INAMPS;
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– “A oposição Metalúrgica de Belo Horizonte e Contagem balançou os pelegos nas eleições realizadas agora. (…) Os bancários de São Paulo começaram sua campanha salarial deste ano. (…) Os dubladores terminaram a greve de quatro meses, (…), Cientistas e Estudantes passam uma semana discutindo política, ciência e técnica, na 30ª Reunião Anual da SBPC. Duas mil pessoas protestam contra a discriminação racial, em ato público realizado em São Paulo. (…)
– Imagem: cartaz de campanha da chapa 2
– Chapa 2 – Oposição metalúrgica
“Pela primeira vez em 9 anos, os pelegos do sindicato dos Trabalhadores em Industrias Metalúrgicas de Contagem e Belo Horizonte são obrigados a concorrer em um segundo escrutínio, já que na primeira votação, iniciada dia 10 de julho, nenhuma das chapas obteve maioria absoluta exigida por lei. (…)”
– Bancários: Campanha de luta
“A campanha salarial dos bancários foi iniciada em assembléia no último dia 6 de julho e, apesar de tradicionalmente haver pouca afluência no início das campanhas, desta vez o comparecimento foi considerado excelente: mais de 300 bancários. (…)”
– 30ª SBPC
“Com a aprovação de moções pela Anistia ampla, geral e irrestrita, pela liberdade de organização e manifestação, por uma Constituinte Soberana e democrática, além do apoio ao movimento grevista nos Hospitais das Clínicas e do Serviço Público, terminou no sábado, dia 15 de julho, a 30ª Reunião Anual da SBPC. (…)”
– Professores
“(…) Essas discussões resultaram na elaboração de um documento distribuido à imprensa e de uma moção apresentada à reunião da SBPC do dia 13, que refletem o avanço político da categoria impulsionado pela onda de greves operárias (…)
– Oposição SABESP
“(…) O presidente da chapa 2, José Eduardo Siqueira, em seu discurso, criticou o peleguismo da atual direção do Sindicato (criada em 1975), por não encaminhar qualquer luta por melhores salários, limitando-se ao assistencialismo. Nesse sentido, a Oposição da Sabesp lançou uma campanha por um aumento salarial de 20%, como forma de aglutinar e organizar a categoria(…)”
– Fim da greve
“Acabou a mais longa greve do ano: em assembléia no dia 11 de julho, os dubladores paulistas resolveram voltar ao trabalho, diante da assinatura, no dia anterior, de contrato coletivo de trabalho, que não atende à principal reivindicação: a equiparação salarial para dublagem de filmes estrangeiros para a televisão e para o cinema. (…)”
– Não ao Racismo
“O assassinato de um trabalhador negro, depois de violentas torturas, no 44º Distrito polícial, e a proibição a dois atletas negros de frequentarem o Clube de Regatas Tietê desencadearam uma manifestação de repúdio, através de um ato público realizado no ultimo dia 7, na praça Ramos de Azevedo, contando com a presença de quase duas mil pessoas (…)”
– Expediente:
“Editores: Paulo Moreira Leite, Edmundo Machado, Sandra Carvalho, Arthur Pereira Filho e Celso Marcondes (…)”
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– Na Praça,
“Dentro da Igreja, o Movimento do Custo de Vida já tinha concluído os trabalhos. As milhares de pessoas que ali se encontravam ouviam o conselho dos organizadores: ‘Retirem-se para suas casas, normalmente’. Mas os populares não queriam que a manifestação acabase ali. (…)”
– Nas Ruas,
“Em janeiro deste ano, estudantes, professores e trabalhadores de diversas categorias começavam a organizar um movimento que tentaria construir um Partido Socialista no Brasil: a Convergência Socialista. No ultimo dia 24, menos de 72 horas depois de terminada sua primeira convenção nacional, 22 membros da Convergência eram vítimas de mais uma operação da polícia política do regime militar. (…)”
– Contra a repressão
“Diversas passeatas-relampago preparam o ato público de dia 28 de agosto, segunda-feira. Grupos de 200 e 300 pessoas se manifestaram pelo Parque Dom Pedro II, Praça Fernando Costa, rua são Bento e outras ruas do centro. Depois, 3 mil estudantes e trabalhadores foram ao Largo São Franscisco, que estava cercado por um enorme aparato policial. Dentro da Faculdade de Direito, exigiram a imediata libertação dos presos da Convergência Socialista e o fim dos ataques terroristas contra o jornal ‘Em Tempo’. (…)”
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– Greve até a vitória
“Ao deflagrarem a primeira greve geral por categoria dos ultimos 15 anos, os professores surpreenderam o governo militar, venceram as manobras dos pelegos e ganharam o apoio da população para as reivindicações de melhores salários, condições dignas de trabalho e melhores condições de ensino. (…)”
– A construção do Sindicato Livre
“(…) o próprio movimento grevista encarregou-se de forjar organismos democráticos para centralizar a greve, diante da omissão ou mesmo franca oposição ao movimento por parte das entidades. Surgiu o Comando Geral da Greve, composto por comissões regionais, organismos de base, espalhados pela Capital e Interior, das quais participam os professores eleitos em suas escolas. (…)
– Dura Sobrevivência
“(…) A partir do início da greve, a situação dramática do professorado tornou-se de conhecimento público, colocando abaixo a visão distorcida de que só os trabalhadores braçais são vítimas do arrocho salarial. Afinal, além da existência de grande número dos professores contratados a título precário, sem o amparo da CLT, o nível salarial da categoria é dos mais baixos. (…)
– Expansão da Luta
“O movimento grevista dos professores paranenses tomou novo impulso com a greve dos professores paulistas. Iniciada no dia 4 de agosto, a greve atingiu 96 dos 290 municipios do estado em mais de 40 mil professores. Os professores de Maringá, após terem retornado ao trabalho e permanecido quatro dias em atividades normais, na esperança de um diálogo com o governo, retomaram a greve geral. (…) A perspectiva de ampliação da greve dos professores a outros estados já começa a se fazer sentir no Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Minas Gerais. (…)”
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– Figueiredo, Euler ou Constituinte Soberana?
“23 de agosto de 1978: enquanto mais de 70000 professores paralisavam suas aulas em São Paulo, exigindo melhores condições de vida e de trabalho, o MDB decidia, na sua convenção nacional, participar das eleições indiretas para a presidência da república. O candidato escolhido, um general: Euler Bentes Monteiro. Sua proposta, democracia. (…)”
– Unidade contra o Arrocho
“O país entrou definitivamente em um novo periodo. As greves que já ultrapassaram mais de 400 mil trabalhadores ignoram uma estrutura sindical podre e seus dirigentes. Zombaram do governo militar e de suas leis antioperárias.”; construção da Central Unica dos Trabalhadores e do Partido Operário Independente
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– URSS: A Farsa da Burocracia
“A burocracia da União Soviética acaba de condenar os dissidentes Anatoly Scharansky e Alexander Ginzburg à prisão por trabalhos forçados. Scharansky foi considerado culpado de ‘alta traição e espionagem à favor do ocidente’ e Ginzburg, acusado de promover atividades anti-soviéticas, dentre as quais distribuir livros de Alexander Soljenitsyn. (…) A luta em defesa dos presos políticos e das liberdades democráticas é tradicional e muito importante na história do movimento operário (…) como demonstra o artigo de nosso correspondente em París, Pierre Fougeyrrolas: (…)”
– Peru: A frente dos trabalhadores
“Dia 28 será realizada a primeira sessão da Assembléia Constituinte peruana. Graças à intensa mobilização popular e a uma grande campanha internacional de solidariedade, todos os dirigentes sindicais e militantes políticos deportados durante o processo eleitoral foram anistiados pelo governo de Bermudez. (…) Gernaro Ledsema, advogado do sindicato dos mineiros do centro do Peru e principal dirigente da FOCEP, prestou seu depoimento sobre o resultado das eleições ao nosso correspondente em París.”
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– Nonoai: o direito à terra
“Aquilo que o governo com o apoio da Igreja tentou difundir com a chamada “questão Nonoai” está indo por água abaixo. Ele dizia que ser facilmente solucionado com a retirada de alguns trabalhadores para o Mato Grosso. No entanto, cerca de 150 famílias de posseiros, expulsos da reserva indígena de Nonoai, invadiram a fazenda Sarandi, de propriedade do estado do Rio Grande do Sul, e estão dispostos a defender seu direito de trabalhar até com a própria vida. (…)”
– Criado o comitê de luta
“Um ato público realizado no dia 24 de junho na Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul, que contou com a participação de mais de mil pessoas, criou o Comitê de Luta pela Terra a quem Trabalha, que tem como objetivo imediato a defesa dos colonos que o governo gaúcho quer expulsar do estado. (…)
– Grileiros atacam no Maranhão
“O povoado de Floresta, no município de Santa Luzia, Maranhão, está em pé de guerra por causa da luta entre grileiros de terras e lavradores, e a qualquer momento podem explodir novos conflitos. (…)